quarta-feira, 29 de maio de 2013

O diário de Anne Frank (versão definitiva) Anne Frank [Opinião]



Sinopse:

Anne era uma rapariguinha de uma família judaica de Francfort que se refugiou na Holanda para escapar às perseguições nazis. Invadido este país, a família esconde-se com outras pessoas num "anexo" de uma casa, onde, protegida por gente corajosa e dedicada, consegue viver largo tempo sempre no terror de ser descoberta. Acabou por sê-lo. E o diário de Anne foi encontrado por acaso num monte de papéis velhos. Anne veio a morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen. Mas o diário que essa rapariguita escreveu é, na sua perspicácia e na sua desenvoltura adolescente, um documento, um autêntico documento humano - e, só pelo facto de existir, um protesto contra as injustiças do mundo em que vivemos.


Opinião:

É difícil falar deste livro, deste testemunho de uma criança de 13 anos que passa 2 anos enfiada num anexo e é obrigada a dividir o seu espaço minúsculo não só com os pais e irmã mas também com desconhecidos.

Imaginem o que é discutir com alguém e não ter o poder de virar simplesmente as costas, bater a porta e sair à rua para aliviar a tensão. Imaginem o que é viver num anexo sob a constante pressão de uma guerra iminente do outro lado das paredes. Imaginem racionar a comida, a bebida, as idas à casa de banho e a higiene pessoal? Conseguem sequer imaginar?

Anne Frank foi uma menina que virou mulher num anexo por cima de um armazém em plena guerra. Os seus relatos e testemunhos são impressionantes. A perspicácia e a inteligência de Anne atinge-nos e obriga-nos a pensar sobre tudo a que esteve sujeita naqueles 2 anos de convivência forçada.

A idade da incompreensão, o desabrochar da adolescência, a curiosidade tão própria da sua idade a contrastar e a esbarrar de frente com as opiniões e regras dos adultos. As injustiças com as quais se deparou ao longo da clausura da família Frank para conseguirem escapar à guerra e à caça desumana que os alemães lançaram ao povo judeu e a beleza mórbida, a consciência e a inteligência com que ela lidou com os assuntos sendo ela tão nova e sofrendo tanto no seu crescimento. 

Fiquei impressionada com o relato da Anne. Com a sua sinceridade e acima de tudo por também eu, nos meus 13 anos me ter sentido montes de vezes como ela se sentiu em determinadas situações.

Fico triste por no meu tempo de escola não ter tido a oportunidade de ler e trabalhar mais profundamente em livros com esta qualidade nas aulas uma vez que actualmente 'O diário de Anne Frank' pertence ao plano nacional de leituras. (Malta jovem, aproveitem para ler e aprender alguma coisa).

Sem dúvida, uma leitura que recomendo vivamente. Um testemunho impressionante.

Boas leituras,
29 de Maio 2013





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