quinta-feira, 31 de outubro de 2013

As leituras de Outubro [Balanço]




repararam que a brincar a brincar, já se passaram mais 31 dias e cm isto estamos a menos de 2 meses do final do ano de 2013?!






Bom, como se costuma dizer na minha terra, por mim 2013 pode ir cos porcos! Conto pelos dedos das mãos, se não mesmo de uma apenas, as coisas boas deste ano... 








Mas adiante, que ainda falta muito para os desabafos e lamentações a que muitos chamam de votos/desejos de Ano Novo e coisa e tal, com uvas passas e champanhe.





De volta ao que interessa, o mês de Outubro terminou e com ele mais livrinhos lidos e opinados.  Uns foram uma verdadeira delicia, um verdadeiro guilty pleasure. Outros? Bom, nem por isso.

As minhas vitimas de Outubro foram as seguintes:







E com isto  e segundo o Mr. Goodreads, sempre atento à nossa vida literária diz-me que me faltam apenas 5 livros para atingir o meu objectivo!





Até ao próximo post, seja ele de uma opinião, uma actualização dos projectos de escrita, um de um simples desabafo patético, deixo-vos enrolados/as nas vossas mantinhas e desejos de um óptimo livro por companhia!

Beijinhos e abraços




Raptada (O Jardim Químico #1) Lauren DeStefano [Opinião]


Sinopse:

Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas - os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte. Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça. Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa.
Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta.

Opinião:

** ALERTA - SPOILERS ** ALERTA - SPOILERS ** ALERTA - SPOILERS **

O mundo como o conhecemos morreu e com ele toda uma juventude devido a um vírus que ataca as mulheres por volta dos 20 anos de idade e os homens aos 25. 
Rhine é a personagem principal desta história, é uma das três irmãs esposas (Cecily e Jena)que é levada à força, num sequestro, para uma fabulosa mansão , onde tem criados que tomam conta dela e das outras três raparigas, usufruem de luxos e podem exigir todo o tipo de caprichos e no fundo só têm de brincar às esposas e aos maridos. 

Capa: Apesar de me parecer um pouco estranha confesso que fiquei curiosa com ela da primeira vez que a vi. Talvez pelo título do livro, que me levou a pensar que fosse outro tipo de história. 

Narrativa: Esta história é narrada na primeira pessoa. A maioria gosta deste tipo de narrativa porque consegue criar uma maior empatia. Eu como sou do partido oficial do contra, não em costumo ligar muito a histórias narradas na primeira pessoa e este livro não foi excepção (para muita pena minha que fui-me a ele como a fome toda). A nível de escrita, a autora apresenta um estilo simples e fluído. Apesar de não ter criado uma paixão por este livro confesso e admito que a leitura decorreu num ápice, não pelo interesse da obra mas pela fé que eu tinha em encontrar alguma coisa que efectivamente me despertasse e me amarra-se à ficção.

Worldbuild ou Worldbuilding (não sei qual dos dois está correcto, estejam à vontade, escolham o que mais gostarem) : é fraco e está mal aproveitado.

Cecily, a irmã-noiva mais nova, nada mais é que um retrato puro e cru de uma criança que foi engravidada por um homem adulto e que nesta sociedade distópica é permitido e natural devido ao vírus e que nada mais faz da vida a não ser maltratar os criados só porque sim. Ter crises de infantilidade aguda e tentar a todo custo ser uma mulher a cem por cento quando deveria estar preocupada em ser uma criança.

Jenna, a irmã-noiva do partido oficial do contra, é contra tudo e todos mas no fim e de repente, pimbas, lá cede ao prazer da carne e até usufruiu do marido. Passa a vida enfiada na biblioteca e de repente morre. Fim da história para ela (ou talvez não).

Rhine, a terceira irmã-noiva, personagem principal e primeira mulher da casa Linden é uma personagem que consegue ser quase um meio termo no meio desta incoerência. No entanto a sua personagem peca por ser demasiado fraca e ambígua. Ora está morta por ver o irmão, ora cede e deixa-se levar pelos encantos do marido e de toda a pomposidade que a vivência na mansão lhe concede. Gostei do facto de ela ter heterocromia. Esta particularidade despertou-me bastante interesse. 

Rowan, irmão gémeo de Rhine, inseparáveis desde a morte dos pais mas que apesar de ser mencionado pela personagem principal, não dá sinal de vida, não existe uma passagem mais conclusiva sobre ele. Nada. Existe mas como se não existisse.

Linden, o marido. Um homem maduro que vive com três irmãs noivas só porque o pai lhe disse que tinha de ser assim (pelo menos foi esta a impressão com que fiquei). Não é sedutor, não é romântico, nem tão pouco o vi sofrer horrores pelo seu eterno amor, Lady Rose.

Supervisor Vaughn: arrepia-me só de pronunciar mentalmente o nome deste homem. Mas é mesmo só por causo do nome porque em todo o livro apesar de ter sido pintado de cobras e lagartos não vi o homem a fazer nada de especial. Pressupõem-se que ele fez trinta por uma linha mas nada nos é revelado, nem sequer o levantar da ponta do véu e isso desmoralizou a minha curiosidade pelo até então vilão da história.

Gabriel: O criado que se apaixona pela 'patroa'. Bom, acho que isto foi um pouco cliché e a envolvencia deles os dois também foi fraquinha. Não arriscaram nada, não fizeram nada de especial e no entanto ficaram perdidamente apaixonados um pelo outro. 

O que eu gostei? Gostei dos três últimos capítulos que aconteceram quase como uma golfada de ar fresco e que me animaram a ler o próximo livro da trilogia na esperança de ficara  saber mais sobre o vírus que mata pessoas aos 20 e aso 25 anos de idade conforme os géneros. Quanto aos restantes ingredientes distópicos incluídos nesta ficção, achei que se é para imaginar um futuro distante, quase como que uma realidade alternativa à que temos agora a autora podia ter-se aplicado mais nos detalhes e na imaginação. Poupava-nos aos detalhes das lantejoulas nos vestidos e investia mais na realidade alternativa desta distopia e desta forma a narrativa não tinha sido tão cansativa e não se tinha arrastado tanto. 

Eu sou uma amante inveterada de livros fantásticos, romances paranormais, mas estou sempre aberta novas experiências literárias. Distopias retrata possíveis realidades futuros muitas das vezes provocadas por acontecimentos menos bons como Apocalipse ou cataclismos que mudam o mundo. Considero-me uma pessoa com uma imaginação muito fértil mas confesso que no que a distopias diz respeito das duas uma: ou elas não estão bem criadas ou então a minha imaginação neste campo fecha-se em copas e mete férias. 

Ainda assim próximo mês começo a ler o segundo livro de nome 'Delírio'. A ver vamos do que sai daqui.

2* foi a minha cotação a este livro no Goodreads.

Boas leituras,


A Cruz de Morrigan (Trilogia O Circulo #1) Nora Roberts [Opinião]

Sinopse: 

Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar. De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…
Irlanda, século XII. O feiticeiro Hoyt está destroçado pela perda do seu irmão gémeo, transformado num vampiro pela poderosa Lilith. A deusa Morrigan está determinada a enfrentar Lilith e avisa Hoyt de que chegará um dia em que se formará um círculo de seis, destinado a enfrentar Lilith e salvar a Humanidade. Hoyt usa os seus poderes para viajar à Nova Iorque dos dias de hoje onde descobre o seu irmão, um homem bem-sucedido mas frio e cínico, e pede-lhe auxílio na luta contra Lilith. Mas o círculo não está completo sem os poderes mágicos da artista Glenna Ward. Hoyt não confia na magia dela, mas ambos farão tudo para alcançar os seus objetivos. E ao enfrentarem legiões de inimigos, apercebem-se de que o amor que cresce entre ambos poderá aumentar as probabilidades de derrotarem Lilith…


Opinião:

Hoyt é um feiticiero escolhido pela Deusa Morrigan para combater a mais temível das vampiras: Lilith. Cian, seu irmão gémeo que foi transformado em vampiro, Glena uma bruxa do século XXI por quem Hoyt se perde de amores, Moira, excelente arqueira e princesa de Gaell, Larkin que é um metamorfo, King, amigo de Cian e por fim Blair, proveniente de uma familia de caçadores que vem ajudar a treinar este pequeno grupo para que possam juntamente com Hoyt enfrentarem as trevas de Lilith e vencer a guerra em nome da Deusa. 

Livro que é livro é especial mas quando nos é oferecido por alguém que nos é também especial, fica ainda mais especial! (Ei! Tantas vezes a palavra especial, até parece que estou num concurso de repetições -_- )

A Cruz de Morrigan é o primeiro livro da trilogia do Circulo mas não é a primeira vez que leio livros da Tia Nora. Não, a minha estreia com esta senhora aconteceu o ano passado também com uma trilogia, desta feita, a Trilogia Irlandesa. 

Desta vez, na Trilogia do Circulo, Nora Roberts rende-se às histórias dos vampiros e decide presenciar os seus leitores com uma trilogia mais focada no fantástico. No entanto desenganem-se se pensam que vão levar com um Twilight em cima. (Ok, pronto, tem uma semelhança ( -_- ) mas é pura coincidência, confiem em mim.) 

Gostei do contraste entre o passado, o medieval e a vida actual e moderna do século onde a maior parte da história se desenrola. O toque de humor das personagens também foi pertinente. O romance que se desenrola devagarinho entre Hoyt e Glena é fofinho e é nele que reconheço o toque sublime da autora, como uma das melhores romancistas actuais. 

No entanto penso que a nível de tradução a coisa não correu como era suposto. Deparei-me ao longa da leitura com imensas frases que não me fizerem qualquer sentido e duvido que, mesmo não tendo lido o original, a edição portuguesa lhe seja fiel. 

Foi um livro interessante, num contexto soft na guerra entre o bem e o mal e este foi apenas o primeiro livro e como tal funciona mais como uma espécie de introdução. 
Sinceramente fiquei mais cativada pela outra trilogia que já li da autora, ainda assim espero os restantes livros para saber como acaba a história destes guerreiros improváveis que se juntaram num único juramento em nome da Deusa. 

2.5* foi a minha cotação no Goodreads

Boas leituras, 




Obrigada Sofia pela prendinha, adorei! 

domingo, 27 de outubro de 2013

Entrevista no blog Café com livros 21


A Mafalda, do Blog Café com livros 21, fez-me umas perguntinhas às quais respondi com muito gosto e que ela achou por bem publicar no seu blog literário. 


Clica para acederes à entrevista

Espero que gostem!

sábado, 26 de outubro de 2013

Amores contados - Antologia Alfarroba [Opinião]




Sinopse:

Em 2013 a Alfarroba lançou o concurso Amores Contados. Cerca de 250 histórias depois, foram seleccionados os cinco contos que hoje reunimos nestas folhas.

Neles encontramos histórias de amor em fotografias, em viagens, num café, até na matemática ou numa carta. São as histórias que nos fazem lembrar, sonhar, suspirar ou sorrir. Histórias de sentir; são amores que devem ser contados.







Opinião:

Autora Ana Filipa Ferreira - 'Uma questão matemática' - 3*

Quantas vezes não olhamos já para uma relação a dois e nos perguntamos se haveria uma formula matemática para a resolver? Para a tornar mais picante ou resolver problemas conjugais comuns do dia a dia? Montes de vezes, certo? Bom, aqui a nossa Ruiva (carinhosamente apelidada desta forma nas redes sociais) decidiu mostrar num pequeno conto como um problema de matemática pode muito bem transparecer uma relação a dois.
Gostei da escrita da Ana, directa ao assunto, explicita e sem qualquer vergonha ou pudor de chamar as coisas pelos nomes. É um conto de cariz erótico e que só pecou por ser demasiado curto. 

Autora Cristina Milho - 'As fotografias falam baixinho' - 2* 

Neste conto deparamos-nos com a melancolia das memórias através de fotografias. É um conto simples mas com uma carga emocional muito patente. É um simples relato de uma passagem em que a neta tenta através de todos os meios ajudar a sua avó a reagir à vida e a sair daquele estado semi-catatónico que a vai consumindo e tudo através de uma única fotografia que conta a história de uma vida. 

Autor Francisco Vilaça Lopes - 'Amor de viagem' - 1*

Partindo do principio que para fazer uma colectânea se escolhem os melhores dos melhores, não percebo o que este conto está aqui a  fazer. Desculpe-me o autor, mas o conto é mais confuso que um molho de spaguetti cozido e deixado emaranhado num prato à espera de ser comido. As frases soaram-me estranhas, o desenrolar da narrativa idem aspas. Não fosse ele tão pequeno, tinha desistido a meio. 

Autor Jorge Campião - 'Café avenida' - 2*

Café avenida não é apenas o título do conto mas também o palco onde a acção desta narrativa se desenrola. Este conto foca-se em aspectos como confiança e comunicação na base de todas as relações, fala do casamento, da desconfiança, das traições. De como uma coisa leva à outra, como o deturpar de certos aspectos nos pode induzir em erro e levar-nos a agir de forma estranha.  Um tema que rondou aspectos reais do dia a dia. 

Autora Rosa Bicho Gonçalves - 'Um, Dois, Três' - 2*

Fiquei confusa com este aqui pelos seguintes motivos: é muito pequeno (óbvio que é ou não seria um conto -_- ), os diálogos colocados a meio da narrativa.... nunca tinha visto assim (estamos sempre aprender). No entanto achei interessante a temática 'corações partidos e esperança' de que no fim tudo se resolva.


Matematicamente falando: 

3 + 2 + 1 + 2 + 2 = 10 
10 / 5 =  2
2 + 0.5 (bónus) = 2.5*


2.5* Cotação no Goodreads.


Boas leituras, 




Sombras da meia-noite (Raça da Noite #7) Lara Adrian [Opinião]

Sinopse:

Num deserto gelado mergulhado na escuridão, as linhas entre o bem e o mal, amante e inimigo, nunca são pretas ou brancas, mas desenhadas em tons de meia-noite. Algo inumano surgiu nos confins gelados do Alasca, deixando uma carnificina indizível na sua esteira. Para a piloto Alexandra Maguire, os assassínios trazem recordações de um evento horrível que ela testemunhou em criança e evocam uma inexplicável sensação de alteridade que há muito tempo sentia dentro de si mesma, mas nunca compreendera totalmente… até que um desconhecido sedutor e sombrio com os seus próprios segredos entra no seu mundo. Enviado de Boston para investigar os selvagens ataques e parar a matança, o vampiro guerreiro Kade tem os seus próprios motivos para regressar ao frio e proibitivo local do seu nascimento. Assombrado por uma vergonha secreta, Kade logo percebe a verdade surpreendente da ameaça que enfrenta, uma ameaça que porá em perigo a frágil união que formou com a corajosa e determinada jovem que desperta em si as paixões mais profundas e os anseios mais primários. Porém, ao trazer Alex para o seu mundo de sangue e trevas, Kade deverá enfrentar os seus demónios pessoais e o mal ainda maior que pode destruir tudo o que ele mais ama.

Opinião:

6 Meses passaram desde que tive a oportunidade de ler um romance desta autora de excelência. Lara Adrian escreve daquele forma viciante, simples e fluída que nos leva a devorar página atrás de página. Independentemente da hora a que se começa a ler e muito menos a terminar o livro. 

Desta vez, neste sétimo romance da série Raça da Noite, temos a história de Kade e de Alex. Ele um guerreiro da ordem, ela uma humana especial, uma Companheira de Raça que vêem os seus destinos cruzados numa matança e carnificina violenta que transforma por completo o manto branco das neves do Alasca quando um Renegado começa a caçar as suas vitimas para saciar a fome descontrolada que o assola sem se preocupar com o rasto de morte que deixa na sua peugada. 

Adoro as capas portuguesas desta série. São lindas, seguem o mesmo padrão, apelativas e convidativas. É daquelas situações em que se não conhecesse a série e visse a capa, apaixonava-me pelo livro, mesmo sem certezas do conteúdo.

A história em si, de uma forma global, não traz nada de novo, é certo. Existem um guerreiro da Ordem que encontra a sua Companheira de Raça, por quem se perde de amores praticamente à primeira vista e o sentimento é reciproco. No entanto, mesmo com este padrão romântico que recebemos a cada romance, a autora consegue sempre incluir alguma coisa nas suas histórias que nos deixa de queixo caído a pensar como raio a mulher se foi lembrar de incluir aquela cena, aquela mudança ali, mesmo naquela altura do livro em que já damos o caso por terminado e encerrado. 

As cenas românticas e sensuais com um maravilhoso toque de erotismo completam o livro de uma forma muito própria. A camaradagem entre os guerreiros é tocante e tão apaixonante como os restantes pormenores da história, sociedade e dia a dia destes guerreiros vampiros descendentes de aliens

A única coisa que efectivamente me impediu de atribuir a este livro as 5* foram as constantes repetições dos nomes e pronomes utilizados por parágrafo, Faltou ali uma diversidade, uma conjugação entre os nomes e pronomes, e até mesmo ocultar alguns uma vez que a frase ficaria perceptível à mesma.  

Um livro maravilhoso! Recomendo vivamente, foi uma delicia ler Sombras da Meia noite.

4* foi a minha cotação no Goodreads. 


Boas leituras, 


domingo, 20 de outubro de 2013

A melhor quinzena de um século de vida, Vero Lua de Melo (Ana Pacheco) [Opinião]

Sinopse:

Em 2081, no seu leito de morte - e quando já se discute a aplicação da fórmula para a vida eterna -, Amália Duarte está decidida a abandonar um mundo que já não reconhece.
Para partir em paz com a sua consciência, reúne os três netos e revela-lhes o segredo que escondeu ao longo da sua vida e que, de alguma forma, os implicava também a eles. Recuando ao atribulado início do século XXI, relembra o dia em que, impelida por uma rotina desencantada, pede demissão do emprego de sempre. Com a crise europeia a emoldurar um deprimente panorama, parte numa grande viagem com duas garantias - o desemprego e um futuro incerto - e uma certeza: a reinvenção urgente da sua própria vida.
"Fiquei com os olhos pregados no tecto e senti um vazio hediondo na alma, que ia sendo preenchido pela sensação de desgraça da minha própria vida."



Opinião:

‘A melhor quinzena de um século de vida’ de Vero Lua de Melo (Ana Pacheco, vimaranense) é um livro recém-publicado pela Chiado Editora e o primeiro da jovem autora. 

Antes de tudo o resto que tenho a dizer sobre este livro, quero apenas afirmar perante todos aqueles que possam vir a ler este artigo que, do ponto de vista profissional, não tenho sequer voto na matéria. Sou única e simplesmente alguém que gosta imenso de ler e que tem aprendido algumas coisas, na sua grande maioria das vezes, através de conselhos que me dão (uma vez que também escrevo), dicas e chamadas de atenção dos meus leitores que me vão alertando para esta e aquela situação ora que não fazem sentido, ora que não estão muito explicitas, ora que não tiveram o sentido que era suposto ter. E falo de técnicas de escrita, diálogos, personagens, descrições, etc etc etc… 

Volto a repetir, esta opinião é única e exclusivamente um ponto de vista, uma reflexão final sobre um livro que acabei de ler e não tem como finalidade ferir susceptibilidades nem sentimentos de ninguém, muito menos da autora, por quem tenho um imenso respeito. 

Agora que estamos esclarecidos, vamos lá à opinião. 

‘A melhor quinzena de um século de vida’ trata disto mesmo, um relato dos 15 dias da vida de Amália Duarte. Uma jovem vimaranense no pico da juventude que decide fazer a viagem da sua vida apesar de não estar a passar uma das melhores fases na conjuntura global. Na América, palco escolhido para a sua viagem, Amália conhece Eurico, um Conimbricense, que passa a ser o seu par nesta aventura e muito mais.

Pontos positivos: 

Capa: Adorei o conjugar das cores. O preto mate e o laranja vivo chama atenção. Capta o olhar do leitor. 

Título: Demasiado longo. Quando queria referir o livro a alguém com quem troquei algumas opiniões durante a leitura, tinha a ideia de que nunca mais terminava de escrever o título, pelo que comecei a dirigir-me ao livro como ‘a quinzena’. 

História em si: Bom, vou optar por falar primeiro dos pontos positivos e depois dos pontos menos positivos/negativos, que infelizmente é o prato do dia em livros publicados por Vanities. 

O destaque da cidade de Guimarães e tudo aquilo que a cidade berço tem para oferecer a todos que a decidam visitar.

A introdução à história é feita com uma dose de bom humor e boa disposição, captando o leitor a prosseguir na narrativa. Confesso que durante as primeiras vinte páginas achei a narrativa interessante, pelo menos o ponto inicial que me fez pensar que ia ter uma leitura futurista, tendo em conta o ano em que mesma começa a ser narrada (2081). 

Gostei da escolha dos nomes dos personagens. Amália é um nome que por si só transpira Portugal, muito provavelmente por causa do monstro que foi e continua a ser Amália Rodrigues, eterna fadista. Eurico também. São nomes diferentes dos habitualmente escolhidos pelos autores que optam por nomes mais usuais. 

Gostei também de alguns pontos focados e abordados pela autora nos relatos da viagem. Posso estar enganada mas a forma como procedeu ao relato revela uma experiência vivida. E sendo assim, aqui me confesso, que fiquei roída de inveja porque América é aquele destino que figura no topo da minha lista de destinos a viajar. 

Pontos Menos Positivos/ Negativos: 

Toda a narrativa é feita num uso abusivo de purple prose. Na crítica literária, diz-se que purple prose é quando o autor usa e abusa de uma escrita floreada, ornamentada e excessivamente extravagante. Onde foca todos os pormenores e mais alguns, como uma repetitiva chamada de atenção para o que está a narrar, e o que acontece quando esta técnica é usada de forma incoerente é que o leitor, com tanta descrição, floreado e extravagância de verbos e adjectivos acaba por perder o fio condutor da história, a essência principal perde-se como se estivesse num emaranhado de folhos e folhinhos escritos. 

Purple prose leva-nos automaticamente à escrita em Tell, ou seja, ela debita as informações para a folha e relata o que se está a passar. Conta o que aconteceu e deixou de acontecer ao pormenor, mas não mostra. Não faz o leitor ‘viver’ as passagens por ela descrita, nem os acontecimentos, sentimentos ou emoções. Limita-se a ‘vomitar’ informação o que me leva a outro ponto: infodump

Demasiada informação que não tem qualquer interesse para a história de Amália e Eurico. São informações que a autora achou que ficariam bem na sua ficção mas que serve apenas para ocupar a folha, aumentar o número de palavras escritas e encher capítulos. A tão conhecida ‘palha’ abunda neste livro de 366 páginas. É certo que aborda temas interessantes e faculta algumas informações de cultura geral, algumas curiosidades que até são aceitáveis mas o excesso de informações que na minha opinião quer estivessem escritas, quer não, não marcaram em nada a passagem das personagens pela américa, nem sequer ficaram retidas na minha memória. Dei por mim a pensar que devido à forma como a informação está despejada aqui que o título poderia muito bem ser alterado para ‘ Relato intensivo da melhor quinzena de um século de vida’. 

Outro aspecto que não abona nada em favor desta obra é o uso exagerado e incoerente de expressões coloquiais, regionalismo e calão que até ficariam bonitos e porreiros não fosse o facto de as personagens que nos são descritas não combinarem com os seus diálogos onde abundam este tipo de expressões que acabam por criar situações ridículas e nada realistas. 

Os diálogos entre as personagens (principais e secundárias) também não foram feitos da melhor forma. Ora são descritos e nos é indicado quem está a narrar, quando de repente, entram todas as personagens ao barulho numa conversa fiada e está tão confuso e tão estranho que o leitor fica perdido sem saber quem disse o quê sobre que tema. 

O worldbuild deste livro é fraco e cheio de buracos. As personagens principais são as únicas que tem grande destaque, estão sempre no grande plano e todas as outras existem sem um propósito. Estão apenas a encher cenário, o que foi realmente uma pena. A autora tinha pano para mangas para dar mais vida às suas personagens secundárias. 

A narrativa em si é monótona, com dois ou três twists em toda a sua narrativa, mais um ponto que a autora não soube aproveitar, já que se a história fosse abordada e se centrasse noutros aspectos que não o excesso de informação em demasia, teria certamente encontrado peripécias que poderia incluir e que daria um maior dinamismo à história. 

As constantes repetições e uso desenfreado de clichês, ora de palavras, ora de expressões também não abona nada à narrativa. É cansativo quando lemos no mesmo parágrafo três ou quatro vezes a mesma palavra, o mesmo nome, a mesma acção. É importante para o autor não se esquecer de dinamizar o texto sem perder o fio condutor da história. 

Outro aspecto que me levou quase ao estrabismo, foi o constante revirar de olhos a cada palavra assinalada com aspas à qual eu não resisto comentar com a tão conhecida expressão: Não havia necessidade, carago! O leitor não é burro e consegue perfeitamente perceber quando o autor/escritor está a fazer uma comparação, um trocadilho de palavras, a usar expressões que não são suas, etc etc etc. Há situações em que o autor pode explicar, caso a forma como escreve não esteja explícita mas, noutros casos, as informações apesar de não estarem descritas ao pormenor, estão implícitas e o leitor consegue chegar ao ponto da questão sozinho. 

Virgulas, reticências, pontos exclamação, interrogação e travessões. Outro ponto em que a autora não teve uma fórmula de dosagem exacta. Tanto coloca virgulas a cada duas palavras como se esquece de as colocar. Reticências, idem. E as restantes pontuações também. Palavras escritas com maiúsculas para dar enfase à situação também me pareceu desmedido e desnecessário. Como disse o autor sabe o que se está a passar, consegue chegar à essência da situação sozinho. 

A componente romântica desta história também me desiludiu. Por momentos, quando cheguei à página em que o casal passou a vias de facto (um dos twists da obra), desejei que com aquele envolvimento das personagens a história ficasse mais focada na relação deles e menos nos aspectos históricos e turísticos dos Estados Unidos América. Enganei-me redondamente e fiquei verdadeiramente emputecida com o desenrolar da relação deles. Faltou amor, paixão, carinho, cumplicidade. Eles davam-se bem a falar sobre história, fotografia e cultura. Então e o resto? Partindo do princípio que estão perdidamente apaixonados, esperava mais. Muito mais. Não houve lugar para uma troca de carinho após uma noite tórrida de sexo. Um beijo na testa pela manhã. Uma mão dada no resto da viagem, um abraço, uma química ardente que nos arrebatasse por completo... Nada que revelasse ao leitor que aqueles dois desconhecidos se tinham tornado um casal. 

A personalidade da Amália revela-se um pouco incoerente mais ou menos a meio do livro. Porque tanto demonstra ser uma mulher adulta, culta e conhecedora do mundo como de repente tem atitudes um pouco preconceituosas. (Como a questão do Israelita a rezar no avião). 

Já Eurico demonstra ser uma personagem bastante equilibrada que funciona como âncora e consciência destas tiradas fora de contexto da outra personagem principal. 

Não gostei da parte final do livro. O desfecho é irracional e despropositado. As revelações que acontecem no último twist da obra demonstram como a escrita da autora ainda está verde. As informações sobre o gémeo de Eurico caem de pára-quedas na narrativa (tendo em quanto que numa determinada parte do livro, Eurico enaltece os valores e relação da sua família, fala da mãe, do pai e até dos funcionários da empresa da família e deixa o gémeo totalmente fora do contexto, não só é estranho como é incoerente) e a falta de dor, sentimento de perda, tanto demonstrado pela mãe de Eurico como pela própria Amália, deixaram-me triste com um livro que até tem uma ideia base porreira mas que não conseguiu chegar até mim em nenhum aspecto. 

2* é o máximo que consigo atribuir a este obra e foi a minha cotação da mesma no Goodreads


Boas leituras,


Obs: Leitura Tuga Outubro (Desafio lançado pela escritora/autora e blogger Andreia Ferreira no seu blog http://d311nh4.blogspot.pt)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Entrevista no blog Páginas Encadernadas


Desta vez, tive o prazer de estar à conversa com a Catarina Abreu, administradora do Blog Páginas Encadernadas.

Aqui fica o link da entrevista que chega até vocês com um cheirinho madeirense delicioso. Espero que gostem, eu adorei *.* 

Clica na imagem para acederes à entrevista

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ligação - Opinião by D311nh4


Andreia Ferreira
Administradora do blog D311nh4 
autora da trilogia Soberbas


*


"... Ser "comparada" (entre aspas, porque não é exactamente o que estou a fazer) com autoras deste calibre (SK e Ward) e levar o autor a sentir emoções semelhantes ao que elas despertam é uma honra..."

*

A autora leu J.R.Ward ou Sherrilyn Kenyon? É que se não, aconselho a ler. Durante toda a leitura, o nome destas duas autoras não me saiu da cabeça, tais eram as semelhanças.

Desenganem-se se pensam que isto é uma crítica negativa. Ser "comparada" (entre aspas, porque não é exatamente o que estou a fazer) com autoras deste calibre e levar o autor a sentir emoções semelhantes ao que elas despertam é uma honra.

Onde se verificam as semelhanças? Na irmandade de vampiros; no facto de estes serem diferentes do vampiro tradicional; por serem guerreiros com passados difíceis; na raça inimiga; na entidade feminina soberana; na súbita e instantânea sede de desejo dos protagonistas... Daí a minha ideia fugir para as autoras acima mencionadas.

Mais uma vez, repito: "Isto não é uma crítica negativa!" Mesmo que a autora tenha lido Kenyon e Ward, estas semelhanças não tornam a sua história menos original. Somos todos livres de ir buscar inspiração onde quisermos.

Então onde é que realmente falha? Não diria que falha redondamente na revisão. Já li muitos livros lançados por editoras conceituadas com muitos mais tropeções do que o que este livro apresenta. A escrita da autora é fluída, corrente e proporciona uma leitura leve e rápida.




Falha na escolha do lugar onde se desenrola o enredo. Ora bem, segundo a Wikipedia, os Estados Unidos da América contam com mais de 902 milhões de habitantes. Quantos deles são escritores e quantos deles escolhem a grande maçã, Nova Iorque, para palco das suas aventuras? A mesma fonte indica que Portugal tem cerca de 10 milhões e tal de habitantes. Mesmo se fossem todos escritores e se todos escrevessem sobre o seu país, acredito que se escreveria mais sobre os E.U.A. 

Então, porque se escreve sobre os E.U.A., quando temos um país com paisagens para todo o género de histórias e estórias?! E mais! A autora mora numa cidade com um nível de história enorme! Perdoa-me, Soraia, mas isto é de repreender.

Adiante. Gostei imenso da relação dos irmãos e alguns deles pareceram-me bastante interessantes. Quero muito conhecer a história deles.
O que menos me cativou foi o protagonista deste volume, Leonardo, e os seus impulsos idiotas. Achei-o muito infantil. Jessica até que não me desagradou de todo, mas odeio solenemente quando as personagens tiram ilações erradas e não se dão ao trabalho de perguntar, agindo logo de forma rude e precipitada.

Não senti grande química entre os protagonistas. Acredito que os restantes volumes, se se centrarem nos outros irmãos, irão ser mais do meu agrado.

2.5* Foi a cotação atribuída no Goodreads

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ligação - Opinião by Readings Sunshine


Raquel Leite
Administradora do blog Readings Sunshine

*

"...Gostei, embora não fosse original, do conceito irmandade e o facto de se chamarem Anjos negros e de fazerem o bem para com os humanos..."

*

Tive conhecimento deste livro através do facebook e lá juntei um dinheirinho para o comprar diretamente a escritora. Estava em “pulgas” para que chegasse a casa e para o ler, até porque é de um género que gosto demasiado.

Antes de mais adorei a capa, não fossem os olhos, não sei porquê fazem-me lembrar gatos, e não teem uma ligação ao resto a imagem, felizmente não tem homem semi-nu.

Gostei, embora não fosse original, do conceito irmandade e o facto de se chamarem Anjos negros e de fazerem o bem para com os humanos. E a forma como os Anjos Negros se alimentam também foi um bom ponto

No entanto há uma coisa que não gostei logo no inicio, bem já sabia que a Jessica e o Leo se iam envolver, mas o romance foi muito instantâneo, até porque ela tinha sido quase violada e foi um momento um pouco violento para a mesma. Por isso acho que foi algo que não calhou bem na história.

As personagens, não me consegui ligar à Jessica, por nada. Primeiro porque ela não tinha atitudes “decentes”, pois se estava numa casa cheia de homens e não tentava uma fuga, acho que aceitou demasiado bem a sua situação tendo em vista o seu passado. Quanto a Leonardo eu gostava dele, achei uma personagem bem construída e pensava, embora as vezes parecesse um pouco “meloso” e que nem percebi porque se apaixonara por Jessica, mas o amor tem destas coisas.
Uma que adorei, e que espero que haja um bom livro dele foi o A’larick, liguei-me logo a ele o que é estranho, mas simplesmente gosto de personagens atormentadas e todas más com a vida mas que por outro lado não mostrem o que sentem e que mandam vir com todos embora gostem e se preocupem. E tal como disse anteriormente enquanto ia lendo o livro, não é regra (acho eu) mas há sempre um Z qualquer coisa, e neste há um Zelasthiam, o que é engraçado. (não tanto como dizê lo em voz alta). Lashy era incrível, ri-me muito com ela.

Em relação a historia em si, apreciei o rumo que tomou. Acho que deveria ter contado quem eram os Dunamis um pouco mais cedo que houve ali um momento que pensei que tivesse-me falhado alguma coisa. Fora isso gostei dela e acho que é um bom começo neste mundo, espero que a escrita e história melhore, e acredito que sim, e que em breve tenha um livrinho com o Alarick e com uma mulher a altura.

Notei algumas influencias de Kenyon e da Ward, o que é de certa forma engraçado, até porque são escritoras que gosto muito. E num aparte digo que encontrei alguns, poucos erros, e algo que me fez confusão foi que quanto era o narrador, este usava por vezes Leo e Leonardo e num só paragráfo o que não era tão fluido. Outra coisa, que nada tem a ver com ninguém a não ser comigo, mas que papel tem este livro? é que eu arrepiava-me toda ao mexer-lhe.

Agora irá viajar por algumas leitoras no BookCrossing. :)

A Raquel cotou o Ligação no Goodreads com 3*

sábado, 12 de outubro de 2013

Êxtase (Anjos Caídos #4) J.R.Ward [Opinião]




Sinopse:

Mels Carmichael, jornalista do Caldwell Courier Journal, apanha o maior choque da sua vida quando um homem se atravessa à frente do seu carro junto ao cemitério local. Depois do acidente, a amnésia dele é o tipo de mistério que ela gosta de solucionar, mas em breve descobre que o passado é demasiado misterioso... e que está a apaixonar-se pelo estranho. Enquanto as sombras oscilam entre a realidade e o outro mundo, e a memória do seu amante começa a voltar, os dois aprendem que nada está realmente morto e enterrado. Em especial quando se está preso numa guerra entre anjos e demónios. Com a alma em jogo, e o coração de Mels em risco, o que irá ser preciso para salvar ambos?




Opinião:

Êxtase é o quarto livro da Série Anjos Caídos, um conjunto de livros que retratam a disputa entre o bem e o mal, jogada por duas personagens escolhidas pelo próprio Criador em pessoa.
Jim Heron e Devina voltam a encontrar-se e voltam a disputar a alma do último assalto que pertence a Matthias, antigo chefe de Heron nas Forças Especiais e primeira vitória do Demónio.

Matthias desceu ao inferno e conheceu em primeira mão a falta de bom gosto nas decorações de Devina, a sua cueldade e dos seus esbirros que torturam as almas que lá vão parar e os fazem sofrer para a eternidade. No entanto, devido à falta de carácter do Demónio e da falta de honestidade, o Criador decide que Matthias merece uma segunda oportunidade.

Mels Carmichael é jornalista no Caldwell Courier Journal. Perdeu o pai num acidente de carro que o vitimou mortalmente e a sua relação com a mãe também não é das melhores. Procura a reportagem de uma vida que a pode projectar para o mundo dos grandes jornalistas prestigiados mas o futuro reserva-lhe muito mais. Reserva-lhe uma paixão avassaladora e inexplicável que pode muito bem ser descrita como de outro mundo.

Não é novidade nenhuma que sou fã assumidíssima desta autora americana. J.R.Ward figura nos primeiros lugares da minha longa lista de autores cujo trabalho admiro e idolatro. A maneira como cria as suas histórias, a sua forma de escrever, de apresentar as personagens e o seu contexto faz-me literalmente voar daqui de Portugal e aterrar em solo americano apenas com a leitura das suas histórias.

Neste Êxtase voltamos a encontrar personagens já nossas conhecidas dos livros anteriores e que são os peões efectivos deste jogo, como o Heron, Adrian, Cão, Devina e também novas personagens como Mels e Matthias, este último não é propriamente novidade, visto ter aparecido no livro anterior, mas é novidade a sua história, que ficamos a conhecer ao máximo destaque.

A boa disposição continua bem presente nesta série. Os diálogos, respostas, situações apresentadas têm uma boa dose de humor na sua generalidade. As frases e situações são bastante credíveis e possíveis, o que nos leva de imediato a criar empatia com o desenrolar da história.

A carga sentimental também está bastante bem explorada. Ward consegue como ninguém deixar-nos arrepiados ora com emoções fortes, de nos fazer chorar, ora de emoções chocantes de nos querer fazer soltar uns quantos palavrões. A tensão, o amor, a excitação das cenas mais tórridas são impossíveis de não sentir.  

Outro aspecto que eu gosto dos livros desta autora são os exemplos que as personagens delas retratam. Lições de moral adaptadas aos seus seres fantásticos mas que facilmente conseguimos identificar a acontecerem no nosso dia a dia.

Mas claro que todos os livros têm o seu lado menos impressionante. E neste, o que falhou para mim, foi o facto de o tempo de antena de Devina ter sido muito pouco. Não houve aquele confronto, aquela picardia. Aquela guerra entre ambos. Não vi o Demónio a aliciar, a fazer trinta por uma linha para conseguir levar a sua missão a bom porto. No entanto, mesmo sendo um Demónio é impossível não se gostar da criatura.


Numa palavra: ADOREI! Já tinha saudades de encontrar um livro que me preenchesse e me arrancasse da realidade como este.

Recomendo! 4.5* no Goodreads.

Boas leituras,



domingo, 6 de outubro de 2013

Super Promoção - Ligação





Pronto, agora que a Kate já gritou o suficiente para rivalizar com uma Banshee, já vos posso contar as boas novas!

Como ainda tenho alguns exemplares do livro Ligação e acho que eles fazem muito melhor figura na vossa estante do que dentro de uma caixa fria e escura de cartão (sim, os livros têm sentimentos e são altamente claustrofóbicos) pensei numa maneira irresistível de os levar da sua caixa de cartão fria e escura (volto a salientar que eles sofrem imenso com a escuridão e os ataques de pânico e tudo, e tudo, e tudo...) para a vossa casa através de uma super hiper mega bombástica promoção!

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

As leituras de Setembro 2013 [Balanço]


Estão a ver o aspecto deste amiguinho


O meu não está lá muito longe e isso reflectiu-se nas leituras do mês de Setembro e também no stand by em que o blog tem estado.

Então porquê?! 
Perguntam vocês, sempre atentos e preocupados com a minha estranha pessoa.

Porque a 'molenguice' extrema acabou-se por estas bandas! Deixei o team I.E.F.P. e passei oficialmente a vestir o team dos mortos vivos trabalhadores



E agora que já me confessei, passo a coisinhas mais fixes e fofas




LIVROS minha gente! Estou a falar dos livros, não do Ian.





Este Setembro foi um mês de mudanças e por isso apenas tenho 4 livrinhos lidos.




Calma xerife! 
Eu sei Woody, eu sei! Tens toda a razão! 
Mas agora vai lá brincar com o Buzz e deixa os crescidos continuarem a falar de livros, ok?



...Continuando, estes foram os sobreviventes de Setembro. 


Dois oferecidos, um comprado e um ganho num passatempo na blogosfera

Leituras bastante diferentes e agradáveis. 

Poucos mas bons, certo?








CERTO!






Desejo a todos votos de um feliz natal... quero dizer, de um feliz Outubro! Tratem lá de comprar os elásticos para a máscara de Halloween, afinal faltam apenas 30 dias para o dia das bruxinhas



Vassoura e gato preto já tenho, só me falta mesmo renovar os elásticos.

BOAS LEITURAS