Sinopse:
Sara é uma mulher deprimida e atormentada por um passado trágico. A casa que outrora pensara ser um refúgio contra as lembranças de uma vida que desejava esquecer, é agora um antro de sombras que a perseguem. O reencontro com Martim, um rosto que lhe é de alguma forma familiar, de um passado longínquo, provoca-lhe uma avalanche de sentimentos que poderão mudar a sua vida para sempre. Mas o passado nunca poderá ser apagado e Sara vê-se obrigada a tomar decisões que podem fazer a derradeira diferença ente a vida e a morte. Poderá Martim salvá-la de uma realidade que foge ao seu alcance? Ou poderá afundá-la ainda mais naquele poço sem fundo, em que não há saída possível, senão a morte?
Opinião:
Antes de tudo o
resto volto a frisar que as minhas opiniões são de carácter meramente pessoal.
Independentemente de quem escreve, nacionalidade, tema, etc etc etc, as minhas opiniões
baseiam-se no prazer e deleite que a leitura me proporciona (ou não) uma vez
que não tenho competência profissional para avaliar o livro de forma
profissional.
A Carina Rosa é uma
jovem autora portuguesa, mora em Olhão e o seu primeiro livro publicado
chama-se ‘O Intruso’ (Chiado Editora) que foi o livro/autora escolhida para Leitura Tuga de Maio.
E de que é que nos
fala este livro? A narrativa deste romance desenrola-se no Algarve, na cidade de Olhão e gira em torno de 3 personagens
(por assim dizer) principais: Sara, Rodrigo (o antigo amor) e Martim (o novo
amor).
Sara é uma jovem
que vive atormentada com todo o seu passado, facto esse que não lhe permite
viver o seu presente e muito menos pensar no seu futuro. E tudo porquê? Por
causa de Rodrigo, a sua paixão dos tempos do liceu e o seu primeiro amor. Vítima
mortal de um acidente rodoviário num dos dias mais importantes das suas vidas e
que desde então a assombra com o seu espírito sofrido como uma alma penada.
Desde esse dia e
até conhecer Martim, Sara vive no limiar da insanidade mental e do suicídio iminente.
Frustrada e triste, leva a sua vida de forma automatizada, como se fosse um robot presa à infelicidade que a consome
dia após dia, noite após noite. No entanto Martim aparece na sua vida e é para
ela como uma lufada de ar fresco.
O que tenho mais a
dizer sobre ‘O Intruso’?
Li este pequeno de
190 páginas num dia e meio (+/-) o que é quase um milagre tendo em conta os
meus últimos tempos de leitura ^^
Ora bem, a capa.
Gosto muito da ilustração. É diferente e atractiva. O peso do livro, é
levezinho como uma pena, não me cansa os pulsos quando estou a ler. O tipo de
papel cor creme. Fantástico para a leitura. Não cansa a vista mesmo depois de
umas quantas horas a ler.
Amei o Mike
(labrador bege e fiel companheiro de Sara)! Eu tenho uma labrador em casa, não
é bege é preta e sempre que estava a ler uma passagem em que Mike dava o seu
contributo via a minha labrador. A descrição do comportamento, das atitudes,
das reacções está excelente!
Relativamente à
escrita da autora, ponto super positivo para o tamanho dos capítulos. 2 a 3
páginas por capítulo. Diálogos: tenho a dizer que encontrei algumas situações,
onde as cenas descritas são coerentes e credíveis. Consegui até rir com uma ou
outra situação.
A personagem Martim
é muito divertida e bem-disposta. Boa onda. Já o Rodrigo, bem, o homem é um
demónio malvado. E foi com esta personagem que a autora me prendeu ao livro
porque tem algumas passagens que lhe dedica o capítulo na totalidade e me fez
esbugalhar os olhos e pensar: ‘Uau… Que medo’. Foi realmente uma pena o Rodrigo
não ter tido mais tempo de antena.
Infelizmente a
autora peca pelas frases muito pequenas e isso foi uma distracção propensa a
detectar gralhas e falhas. Isso porquê, porque quando estamos a ler (quando eu
estou a ler, pelo menos) faço pausas nos pontos finais. Então dei por mim a
parar a cada 3 ou 4 palavras e por causa disso perdi o fio condutor da leitura
um monte de vezes.
As analepses que a
autora incluiu no livro deveriam ter sido assinaladas a negrito ou a itálico
para que o leitor conseguisse situar-se sem dificuldade no ponto de situação da
narrativa. Faltou também 'pontes de ligação' entre as acções/ideias.
O final do livro,
ou seja, os últimos 3 capítulos fazem valer a história. Foi pena a autora não
ter escrito o livro todo como escreveu o final.
Apesar dos pontos
menos positivos, gostei da história (podem ver classificação do Goodreads) e estou ansiosa por ler mais trabalhos
desta autora portuguesa que sei que tem evoluído bastante...
Boas leituras,
13 Maio 2013
Obs: Leitura Tuga Abril (Desafio lançado pela escritora/autora e blogger Andreia Ferreira no seu blog http://d311nh4.blogspot.pt)
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