Esta podia ser a história de uma menina amorosa e inocente marcada pelo passado. Mas não, esta é a história de Daniela, a rapariga que sobreviveu a esse passado e se tornou naquilo que nunca pensaria ser, não olhando a meios para atingir os fins. Para tal conta com a ajuda do seu bizarro melhor amigo, que daria tudo para dormir com ela, e que é bem mais do que aparenta ser. E ainda tem Dyre, o seu primeiro amor e actual namorado, que definitivamente não a conhece.
Ela julgava-se forte, perspicaz e dona do seu destino. Mas o destino provar-lhe-á que estava errada. Alguém com tantos segredos, artimanhas, rancor e maldade dentro de si não poderá ter um final feliz. E o reaparecimento de um fantasma do seu passado levá-la-á a fazer algo extremo e irremediável, fazendo-a perceber que os fins nem sempre justificam os meios.
Conheçam Daniela, a jovem e inocente estudante de Medicina, que encerra em si uma terrível face negra. “Um dia vais acordar, e não vais ter nada além de arrependimentos.”
Opinião:
‘Face Negra’ da autora nortenha Elizabete
Cruz foi a minha escolha para leitura Tuga do mês de Julho.
Esta não foi a minha estreia com a escrita
da Elizabete, uma vez que já tive a oportunidade de ler outra obra sua (Leitura
Tuga Março) ‘O homem que amava demais’ editada por uma vanitie, ao contrário da
sua mais recente obra que chega aos leitores através de um outro conceito, ou
seja, auto publicação ou edição de autor.
Desde já os meus parabéns à Elizabete pela
coragem de enveredar por um caminho tão pouco conhecido no nosso país ainda que
em países como E.U.A seja hábito recorrente.
E agora, mãos na massa, opinião quentinha
a sair:
Começo pela capa e novamente uso a palavra
parabéns! Adorei a capa e o marcador. Raquel Leite tens muito talento e fizeste
um óptimo trabalho com a capa que ilustra na perfeição a história que a
Elizabete escreveu. Foi efectivamente um óptimo dueto.
Relativamente à narrativa e à história em
si: Confesso que foi um tema inovador porque até à data não me tinha passado
pelas mãos nenhum livro nem nenhuma história que abordasse temas como
prostituições, bailarinas de striptease,
irmãos separados para adopção, faculdade, amores improváveis e paixões
arrebatadoras tudo no mesmo livro.
As personagens são interessantes no
entanto não foi pela Daniela, personagem principal, que recai o meu entusiasmo
e predilecção mas sim por Marco, o companheiro de casa dela. Foi nesta
personagem que encontrei tudo aquilo que gosto de encontrar quando estou a ler
um livro. A personagem do Marco é credível, real, entusiasmante, divertida,
sofrida, apaixonada, pateta… bem, podia ficar aqui uma eternidade de tempo a elogiar
esta personagem que a autora conseguiu criar com um perfeição que me deliciou. Todas
as suas passagens foram reais e fluidas. Estava a ler e estava a ver aquela
situação perfeitamente a acontecer na vida real. Fiquei fã do Marco, sem dúvida.
Com a personagem Tomás, idem aspas, a sua
revolta, a sua intransigência, o muro de betão construído em seu redor. Outra
personagem muito bem caracterizada e descrita, apesar do seu tempo de antena
ter sido muito curto em quase toda a história, a personagem brilhou quando
apareceu.
Nota-se que é neste tipo de personagem que
a autora está mais à vontade para dar asas à sua imaginação e escrever até que
a alma lhe doa!
Quanto a Daniela, a rainha da história,
despertou-me opiniões muito distintas, porque ora estava muito bem no seu papel
de sofrida e mulher guerreira como de seguida descambava para uma mulher
chorona e derrotista. Não sei, houve ali qualquer coisa na personagem que não
me caiu bem. Os diálogos e acções dela pareceram-me demasiado rápidos e
demasiado superficiais. Não senti aquela garra, aquela empatia, aquela
determinação quando alguém está disposto a tudo para vencer. É como se a
Daniela sofresse de bipolaridade ou algo do gênero.
O início da narrativa também me deixou com
aquela ansiedade de estar à espera de mais. É como se tivesse sido escrita em modo
corrida. A história entre Dyre e Daniela merecia mais destaque. O amor ou a
paixão podia ter acontecido na mesma num abrir e fechar de olhos, no entanto,
os acontecimentos em Oslo foram uma espécie de flash tendo em conta o peso que
reproduziram no resto da narrativa.
Outra situação menos positiva foram as constantes repetições dos nomes próprios e pronomes. Nada que a autora não consiga resolver facilmente numa próxima sessão de revisões.
Acrescento ainda que gostei muito do facto
de a autora ter introduzido e abordado temas como o Síndrome de Down. Termos e
expressões específicas sobre medicina e derivados. Marcos históricos da cidade
do Porto e arredores e também a perspectiva do que é a vida de um jovem adulto
quando está na faculdade, quando vive numa casa partilhada com pessoas que
nunca viram na vida.
Em suma, gostei bastante da história,
perdi-me de risos com a personagem do Marco e no fim confesso que me emocionei
um pouco com o desfecho da história apesar de o final não ter sido dos meus
preferidos. A minha cotação no Goodreads para este livro são 3.5*
Aproveito ainda para acrescentar que a
minha opinião para este livro foi feita por mim, Soraia Pereira leitora e nada
tem a ver com o facto de eu de vez em quando escrever uns rabiscos.
Desejo à Elizabete todo o sucesso do mundo
e mal posso esperar para a conhecer pessoalmente no dia 25 de Julho aqui mesmo
na minha cidade na apresentação do seu ‘Face Negra’ a todos aqueles que
quiserem aparecer ao Casa Amarela - Café concerto em pleno centro histórico
vimaranense.
Boas leituras,
20 Julho 2013
Obs: Leitura Tuga Julho (Desafio lançado pela escritora/autora e blogger Andreia Ferreira no seu blog http://d311nh4.blogspot.pt)
Como conseguiste a obra inteira, no goodreads? Obrigada :)
ResponderEliminarComprei à autora. Tem aqui o o link caso o queira fazer também.
Eliminarhttp://awonderfulworld2.blogspot.pt/