Quando Carolina Alves se suicida, aos 58 anos, deixa um último pedido: o de que as suas três filhas se reúnam no seu funeral, na pequena povoação (fictícia) de Vila Flor, Alto Alentejo.Quer que participem na festa em honra da padroeira da mesma, pondo de lado o decoro esperado de três órfãs.
Luísa emigrou para França, é viciada em trabalho e despreza o seu passado. Praticamente jurara não voltar a pisar a vila da sua infância. Cecília, recentemente casada, é pianista de fama relativa e acabara de se mudar definitivamente para Vila Flor. Inês, que dedica a sua juventude às causas políticas, mal recorda um pai de quem se vai falar bastante e que morreu num trágico acidente de carro em vésperas de Natal...
Com a ajuda de Elisa, única irmã de Carolina, vão desvendar ao longo de quatro dias o passado inesperado da mãe, que não é bem aquilo que tinham julgado, e que cometeu um acto indesculpável para prender, há trinta e oito anos atrás, aquele que viria a ser o pai das suas três filhas...
Opinião:
'O funeral da nossa mãe' tem como palco a bonita cidade de Vila Flor situada no Alto Alentejo e retrata a história de três irmãs. Mulheres ligadas por um laço de sangue mas que no entanto seguiram e viveram vidas absolutamente distintas umas das outras, com personalidades fortes e vincadas e que no entanto se voltam a juntar devido a uma tragédia.
Carolina Alves, mãe de Cecília, Luísa e Inês comete suicídio aos 58 anos de idade e a sua morte acaba por juntar as filhas que após tantos anos separadas se reúnem para se depararem com revelações que mudarão para sempre as suas vidas.
A autora começa por nos situar no plano temporal e geográfico e depois começa a apresentar as suas personagens: Carolina Alves, arrependida no seu quase leito de morte mas muito convicta quanto ao seu destino. Cecília, uma representante da típica mulher artista, eterna sonhadora que toca piano como ninguém. Luísa, uma mulher de pelo na venta. Destemida, forte e muito pratica. Uma mulher de negócios, que veste fato e quase usa gravata. Emigrante em França onde conseguiu pelo menos realizar a sua vida profissional. Inês, a mais jovem das três irmãs com uma boca que não conhece limites e que julga os homens todos pelo mesmo peso e medida até que conhece um homem que vem marcar toda a diferença.
A minha estreia com a jovem autora portuguesa Célia Loureiro foi o seu segundo livro 'O Funeral da Nossa Mãe'. A obra foi editada e publicada pela Alfarroba, tal como o seu primeiro livro 'Demência'.
Infelizmente para mim penso que ainda não tenho maturidade suficiente para saber apreciar como deve ser uma obra deste calibre. A escrita da Célia é sublime e tocante. Os pormenores, as descrições, as estruturas das personagens, do enredo, da trama, tudo foi pensado e está em absoluto equilíbrio, é mesmo uma ESCRITORA com letras maiúsculas mas o tipo de romance não é a minha zona de conforto.
A leitura foi demasiado lenta e confesso que estive para desistir do livro algumas vezes. Sei que me estou a repetir mas, como disse ainda há pouco, não tenho maturidade para saber apreciar e degustar como deve de ser um livro destes pelo que não me vou desfazer dele e muito provavelmente num ano destes voltarei a pegar nele e, quem sabe, não encontro aquilo que perdi durante esta leitura?
Apesar de não ter subido ao paraíso das letras com este romance não posso deixar de salientar o talento da Célia.
Parabéns e muito sucesso.
Boas leituras,
Obs: Leitura Tuga Agosto (Desafio lançado pela escritora/autora e blogger Andreia Ferreira no seu blog http://d311nh4.blogspot.pt)
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